O Natal mais palerma de sempre! Poeta Acácio, a cantarolar desde... desde... mil nove e oitenta e sete!

Digamos que eu apanhei uma piela do caralho antes da noite de consoada, e deu-me para fazer um postal a desejar um Bom Natal aos petizes de boa vontade!

Por isso, desejo-vos uma Boa Páscoa e Boas Festas (especialmente, pelo corpo todo) e cuidado com o Vinho Doce, com as sopas de cavalo cansado e com as espinhas do bacalhau!

BOM NATAL

Poeta Acácio (Poeta do Desassossego Desassossegado)

TENHO DITO

P.S.: Não percam o próximo "webisódio", porque nós também não!

Tradições natalícias: O «frango bicha» à moda de Freamunde... "Mundus Perigosus" (Foda-se! até já sei falar Latim!)

A maioria da catraiada que lê este singelo blog, ao ler o título, já deve estar a pensar que se trata de uma lambarice, de uma grande especialidade.
Pois eu não digo que o não seja, mas depois do que vi, chamo-lhe «coisa nojenta».

A maior parte das regiões têm a sua própria modinha, isto é, uns comem o bacalhau, outros comem peru, e tal e tal. Aqui na zona de Lousada (mais para os lados de Freamunde), come-se o «Capão».

Alguns já perguntam: Mas o que é que é um capão?

Pois, passo a explicar:

Tão a ver um galo? Todo masculino e tal, a cantarolar e a saltar à cueca às galinhas, né? Pois o capão, é... digamos... mmmm... bom... é um galo só que sem a parte da masculinidade... ou melhor, sem as «jóias de família» ... pronto! Sem tomates!

Qu’é que acontece!? O frango (ou galo), depois de se sujeitar a uma operação de castração, fica... digamos, que com jeitos apaneleirados, de modo que, a partir desse momento fica a modos que “envergonhado” deixando de saltar à cueca e de cantar. Pois é triste ser capão. Mas antes ele que eu!

O raio da operação de castração é essencial! Porquê? Ora passo a explicar:

A operação de remoção dos tomates do galináceo é delicada. Segundo a Ti Jervásia Eustáquia (nome fictício de uma senhora que cria galos larilas à mais de 50 anos): «As vezes, os capões morrem com o susto (PUDERA, caralho! Ficar sem tomates a sangue frio!), não aguentam com a operação.».

Realmente, imagine-se um bicho de olhos esbugalhados, claramente fodido por estar a ficar sem tomates. É, claramente um ambiente de terror. Pelo menos pelo franganito.

Mas esta porra tem história!

A historieta remonta ao tempo dos romanos:
Havia um certo indivíduo, um tal de cônsul Caio Cânio (o Sócras lá do sítio), que, não conseguindo dormir por causa da merda de cantorias dos galináceos, fez aprovar uma lei que proibia a criação dos bichos. Ora, o pessoal queria comer frango, pensou numa maneira de contornar a lei, e eis que um qualquer palerma teve a ideia: «Pá! Vamos tirar os tomates ao frango para ver o que é que acontece?!», ao que o colega (que devia ser da Liga de Protecção dos Animais) disse: «É pá, mas isso é fazer sofrer o animal, caralho!» .

Tenho de admitir que o gajo tinha razão, visto que o franganito, depois de ser capado, começou a sofrer de um certo complexo de inferioridade, e quiçá, de uma certa vergonha por lhe ter sido retirada a virilidade. Tadito!
Aliás, depois do processo, o frango deixa de saltar à cueca nas frangas da capoeira, deixa de cantar e de fazer a barba (hehehe). Anda ali de um lado para o outro, mãos no bolso, todo fodido, envergonhadito, cabisbaixo!

Pois, mas a data de horrores passada pelo frango não acaba aqui!

Depois do processo de castração, o bicho começa a crescer desalmadamente e quando está no “Ponto de tacho”, pega-se no bicho (ainda vivo), e serve-se-lhe um cálice de vinho do Porto.
Nisto, o bicho cai para o lado, sofrendo de uma piela crónica (ou fica embriagado).
Espeta-se-lhe a naifa à goela e, depois de mor... bom... depois das cacarejadas finais, e tal e tal, vai ao forno para tostar.
Prepara-se um recheio e enfia-se no... no... no CU do bicho!

Poderão vocês imaginar que se o frango sabia que lhe iam, depois de morto, enfiar um misto de carnes (literalmente) pelo cu acima, não sei não... antes de ser capado e de ser embriagado, pegava nas malinhas e mudava de poleiro.

Pois, depois de toda esta aula de culinária, muitos perguntar-se-ão: Mas para que é que se castra a merda do frango?

Passo a explicar:
Os galos cantam, têm a carne dura e vermelha, carto? Certo! Depois de capar o frango, a carne fica tenra e branca.

Horrorizados? Eu também!
E tem um galo de passar por isto, para ficar com a carne mais tenra... Foda-se, comam galinha!


RAISPARTA!

Poeta Acácio (Poeta do Desassossego Desassossegado)

TENHO DITO

Um pequeno aparte... (o post desta semana está em baixo)... O poeta mostra a sua veia artística

Para quem pensava que o meu título de poeta não era válido, cá vai:

"Já lá dizia o Poeta Acácio,
Numa das suas poesias brutas:
Com'é que as putas não têm filhos,
Se há pr'aí tantos filhos da puta?"

Peço desculpa se fui directo, mas tinha esta merda entalada cá dentro!

PENSEM NISTO!

Poeta Acácio (O POETA DO DESASSOSSEGO DESASSOSSEGADO)

TENHO DITO (fodido, mas tenho dito!)

Peúgas, presentes e Pai Natal! O Poeta Acácio tem uma palavra a dizer sobre o Natal

Há coisas, meus caros, que de tão estúpidas, nem mereciam estar ligadas ao Natal, mas, o que seria do Natal se não houvessem coisas destas?

Os portugueses são levados da breca no que toca a cumprir tradições. A tradição manda comer o bacalhau com todos, fazer a ceia de Natal, comer os doces natalícios próprios da região e... oferecer presentes!

Porém, desde sempre, há uma tradição latente em todas as famílias! Há sempre um elemento da família que gosta de dar peúgas!

Ah peúgas! Que fixe... C'um caralho!

Normalmente, o que é que acontece quando nos oferecem peúgas? Lá dizemos em ar enjoado: «Ai... peú-ga-ga-s... que fixe... estava mesmo a precisar...»

Quando já temos a gavetinha cheia destas merdas, lá vem uma tia (normalmente) e diz: «Como não sabia o que havia de dar, comprei-te umas peúgas... espero que te sirvam» e um gajo que nem adivinhava que lhe iam sair peúgas na rifa, lá diz: «ah... que bom...», quando lhe apetecia dizer: «FODA-SE! MAIS PEÚGAS?! ATÃO E UNS CHOCOLATINHOS, NADA?»

Sejamos francos! De que me servem peúgas? Para aquecer as orelhas é isso? Até que é útil, mas fora isso, não me servem para nada!

Bom... mas o que mais gostava era de receber brinquedos! Sobretudo, aqueles que davam para desmontar e não davam para montar!

Não percebia o conceito dos Lego... a sério... uma cena que já vem desmontada, e que quando se monta, funciona, para mim não era brinquedo! Brinquedo que é brinquedo, vem montado, a gente desmonta e depois fica fodido por não funcionar! Isso sim é um brinquedo!

E quem é que, segundo os nossos pais, traz os brinquedos (se nos portar-mos bem)? O Pai Natal!

Sim... quem não conhece essa figura barriguda, de barbas brancas e vestido de vermelho?

Eu conheço! E se o pessoal não me garantisse que se tratava do Pai Natal, ia jurar que se tratava de um GNR sob disfarce!

Quem é que já não escreveu uma cartinha a este senhor?

Curiosamente, tudo aquilo que se pede a este gajo transforma-se em peúgas e, de quando em vez, em lenços.

Aí é que um gajo começa a perceber o esquema todo, e... «Ai o caralho! Mas eu não pedi uma PSP?! Queres ver que as cartas se trocaram!? FODA-SE OS CTT!»

Na nossa cabeça, o Pai Natal é uma figura que nos entra pelas chaminés, mas que não fica entalado! Mesmo estando grávido de cinco barris de cerveja!

Renas voadoras! Sim, e eu sou o Tio Patinhas!

As coisas que a malta gira inventa, só pra gente se portar bem.

Portanto, meus queridos, se me quiserem dar alguma coisa... por favor!!!!! Não me dêem peúgas!

[imagem retirada do Vladstudio]
Poeta Acácio (Poeta do Desassossego Desassossegado)

TENHO DITO

A teoria do caos! O trânsito português vs. Poeta Acácio... ele há coisas levadas da breca!

Realmente, há coisinhas parvas que merecem um cantinho de honra no meu blog, e como sempre, eu gosto de transformar essas coisinhas parvas, em aventuras espectaculares.

Pois e que aventura não será o trânsito?

Ora, há cerca de 2 anos decidi tirar a carta de condução. Como todos os catraios, pensava: «É pá… conduzir deve ser fixe!». Realmente conduzir é porreiro. O que não é porreiro é apanhar com aselhas!
Ora, o que são aselhas?

Também conhecidos por “Condutores de Domingo”, “Choninhas”, entre outros, estes indivíduos andam normalmente num Fiesta a cair de podre (alguns, numa versão mais evoluída, tipo Uno ou Punto), conseguindo atingir a estonteante velocidade de… 20 km/h em tempo seco. Elemento de design: O CD no retrovisor, alguns vão mais longe e colocam todo um elemento luminoso (tipo KITT do Justiceiro) na frente! UAAAU!!! Que azeiteiro!

Ah!!!! E o pormenor do colete reflector, nas costas do banco do passageiro!

Há também uns indivíduos que são uma verdadeira «PAINE IN THE ASS». Quais? Atão… os gajos das motoretas de barulho monótono (a merda das lambretas ou scooters) e as motorizadas (as Zundapp, as Sachs, etc.).

Normalmente caracterizados pelo som de merda, pela posição central na via (tipo cocós), e pelo duo Manel e Maria. Quem são? Ora isso nem se pergunta. O Manel é o tipo magrinho e alto e a Maria é a bisarma de não sei quantos quilos que, de tanto que pesa, consegue por a mota a puxar desalmadamente e o guarda-lamas, a embarrar no pneu. Quando ouvirem um barulho semelhante a um «NAAAAAAAA... NAAAAMMMMM.... NOOOOOOOOO....» (isto é meus caros uma imitação foleira. O original é do caralho!), fujam!
Quem é que já não apanhou disto?

Mais uma coisa que qualquer condutor deve ter em conta: OS ACIDENTES!
Os acidentes são chatos! São chatos, trazem um prejuízo do caralho e… e… mirones!

Os mirones são do melhor que Portugal tem para oferecer em matéria rodoviária! Qual prevenção qual quê… apostem é nos mirones!
Estes transeuntes são facialmente reconhecidos, pois normalmente fazem parte do grupo do “aselha”. Capazes de fazer parar o trânsito e de criar filas intermináveis.
Melhor capacidade: fazer orçamentos!

Tá um tipo a esvair-se em sangue, pior que o chapéu de um pobre, todo fodido, e o tipo tá: “Ó diabo!.. ó amigo, isto do pára-choques é que lhe vai sair mais caro!”, e um gajo: “Mãezinhaaaaa! O cento e dozeeee!!!!”, ao que o gajo responde: “Ó colega! Você tá com mau aspecto... quer um copinho de água com açúcar?!”. Nã... um tipo foi abalroado por um tractor agrícola, mas tá rijo e pronto pra outra… Atão esse copinho de água com açúcar sai ou não sai?!

Bom... mas a cereja no topo do bolo é a Brigada de Trânsito (entenda-se cucos ou bófias). Estes senhores são do melhor que existe! Um tipo vai sossegadinho e nisto, um coletinho verde alface com os dizeres GNR-BT... Não me vão parar, não me vão parar... olha, tá-me a mandar parar... bolas!
É que pode não ter acontecido nada mas estes senhores haverão dizer sempre: "É só uma operação de rotina". Atão caralho, para que é que me mandaram parar?!
Aturar um tipo de sotaque à Cinfães, de bigode farfalhudo e barriga, é do catano! É que ainda por cima dão-nos cabo do juízo com perguntas tipo: "O shôr tá bêbado!?"...

Por amor de Deus, onde é que arrajam estes indivíduos? Na assistência do Fiel ou Infiel?
Ainda por cima, quando um tipo vai por outra estrada, normalmente tá lá uma brigada também!

Penso que é tudo. Se houver mais alguma figurinha triste que vocês já viram a vaguear por essas estradas portuguesas, faz favor de me avisar!

Poeta Acácio (Poeta do Desassossego Desassossegado)

TENHO DITO