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terça-feira, setembro 30, 2008

Um piqueno passo pró «engenheiro», um grande passo para a estupidez... A revolta dos «Magalhães»

Meus caros petizes, duas semanas passadas depois da última pescadinha de rabo na boca (literalmente falando é claro), cá estou eu para vos trazer mais uma bela observação acerca de qualquer coisa mais ou menos importante mas que, como sempre, vem carregada de uma profunda quantidade de palermice e estupidez agudas.
O que me traz aqui hoje à presença de tão nobres petizes é o assunto do momento... Bem podia falar de coisas mais importantes como os assaltos às gasolineiras (que ultimamente parece que estão na moda), dos assaltos a bancos (que já leva os assaltantes a um outro nível de adrenalina), dos assaltos a tribunais (que actualmente são os mais fáceis de realizar), ou mesmo mesmo, dos assaltos constantes que o governo, gasolineiras e afins costumam gostar de fazer ao povo português. Mas como falar de assaltos nã tem piada nenhuma, vou falar-vos hoje - assim em jeito de sermão de S. Jervásio às Sardinhas - do último grito em propaganda política... o computador MAGALHÃES!

Bem sei que os carissimos petizes - principalmente aqueles que têm catraios (os meus sentimentos) - já começam a ter febres altas e delírios constantes sempre que ouvem a palavra «Magalhães», mas reparem bem... estamos a falar de um computador portátil do tamanho de um caderno A5 100% tuga... bom... se calhar não será todo tuga... quer dizer... o LCD vem directamente da Tailândia, a bateria, o disco rígido, as lamparinas que acendem e apagam, o teclado, e mais uma catrafada de coisas vêm da China (sem melanina, é claro). Ah... e o processador - que é o que faz o bicho funcionar - vem... ah pois... da China!

Ora então... c'oa breca... mas o portátil é - segundo o nosso primeiro - «100 porcento português»! Como pode isso ser? (perguntam os caríssimos catraios em jeito de admiração)
Pode meus caros! É 100% português na parte da montagem... no resto é 80% Chinês e 20% Tailandês. Mas não é por isso que deixa de ser 100% português!
E por ser 100% português e ter peças estrangeiras é que se deu o nome «Magalhães» em homenagem ao célebre Fernão de Magalhães, esse grande navegador português, o primeiro a efectuar a viajem de circum-navegação do globo.

Muitos pensavam que teria sido dado esse nome ao bicharoco por este ter sido também o primeiro portátil 100% português... e em parte sim!
Ora vejamos:
O Fernão de Magalhães, para fazer a dita circum-navegação foi em barcos espanhóis (totalmente espanhóis... madeira, vidro, pano das velas... tudo espanhol), com marinheiros espanhóis e ao serviço de quem? Acertaram! Dos espanhóis!
Portanto, nada mais correcto do que dar ao portátil que é 100% português na parte da montagem mas com 80% de peças Chinesas e 20% de peças Tailandesas, o nome do navegador português que utilizou barcos espanhóis, marinheiros espanhóis e dinheiro espanhol para dar uma voltinha ao globo.

Mas a maravilha deste computador é, sem dúvida alguma, o preço... 50€ para os catraios sem subsídio (a grande maioria) e 20 aérios para os que têm menos recursos. Acho bem!
Só acho curioso que um portátil que custa 180 aérios a ser montado e que depois é vendido pela magnífica bagatela de 285 aérios, desça tão dramáticamente de preço quando adquirido por um petiz do 2º ano... é estranho... fica ao vosso critério quem vai pagar a diferença: Os pais? Os contribuintes? A velhota do terceiro andar?
Tá-me cá a parecer que a primeira hipótese é a mais certa! Seja...

Outra das grandes maravilhas... o computador tem 30 GB de disco e vem com dois sistemas operativos (que para quem não sabe são o Windows e o Linux Caixa Mágica)! UAUUUUUUU!!!!!
A beleza da tecnologia! Estes boys da tecnologia são levados da breca!
Mas, como não poderia deixar de ser, acho curioso que um catraio que mal sabe mexer no Windows, mexa no Linux... deve ser por ser um Linux que é Mágico! Magia é o que estes catraios vão saber fazer, porque à primeira bosta que façam... PUFFF... lá se vai o computador prás urtigas!

É claro que a magia do Linux também pode correr mais ou menos bem visto que a muitos pais irão gostar das capacidades inovadoras da banda larga aquando da visita a sites «didáticos»...
«Hmmm... ora deixa cá testar este bicharoco do meu filho... hmmmm.... gatasgulosas.come.... Ehhhh páhhhhhh.... Com'é que aquela catraia consegue fazer o pino e tocar com os calcanhares no... dasssse!!!... És boa!!»
O problema é quando o filho perguntar «Paizinho!???? Com'é que nascem os bebés?»
Ao que o pai do moço lá diz: «Ora meu filho... o pai põe uma sementinha... hmmmm... olha pega no Magalhães, vai ao menu Iniciar, abres o Internet Explorer e, naquela barrinha pões gatasgulosas.come, com 'u' e tudo junto e informas-te... até lá tens vídeos didáticos, jogos, truques e infografias!»

Meus caros, tudo isto dentro de um computador 100% português na parte da montagem com 80% de peças Chinesas e 20% de peças Tailandesas!
Viva a tecnologia! Enfim... Não percam o próximo episódio porque nós também não!

Nota:
O poeta durante a escrita deste palavreado todo não visitou qualquer site didático que tivesse miúdas em trajes menores... bom... se calhar visitei um ou dois... mas que não aconselho a ninguém... haveria por aí muita malta que poderia começar a sofrer de dores de pescoço!

Mais uma observação:

O poeta incentiva o petiz mais piqueno a não visitar qualquer destes sites para ficar a saber como nascem os bebés... continuem a acreditar nos vossos papás e continuem a achar que o papá mete uma sementinha na barriga da mamã e depois o senhor doutor vem e tira o bebé que nasce dessa sementinha! Se acharem muito aborrecido acreditar nesta historieta não se preocupem... eles têm imaginação!

Poeta Acácio (Poeta do Desassossego Desassossegado)

TENHO DITO

segunda-feira, setembro 15, 2008

Copos, pinga e outras bebedeiras... O «Memorial da Bezana» por Poeta Acácio

Ora bem... Meus caros petizes, cá estou eu mais uma vez neste piqueno espaço de palermice aguda, duas semanas depois da última posta, para vos trazer mais uma historieta do arco da velha!
Bem sei que há já algum tempo que ando a merecer umas boas bordoadas no lombo, visto que tenho andado um pouco desaparecido... mas têm de compreender que o poeta é um rapaz muito ocupado e com uma agenda muito carregada de compromissos (ou não).
Claro que nem só de compromissos se fez esta ausência, isto porque como o poeta andava já há uns tempos na reserva de Casal Garcia e lá tive de me dirigir à Confraria do Casal Garcia pra mandar vir mais um carregamento... desta vez, reforçado!
Adiante...

Ora, nada mais brilhante do que dedicar uma postazita a esse néctar engarrafado que nos faz ver bifas (e outras coisas mais) a dobrar.

Andava ali eu no mê-çê-éne a assobiar pró ar e eis se não quando a queridíssima Soya diz: «Ólha o poeta que fez a posta da bonecada...» (por falta de carantonhas amarelas a rir-se esta mensagem está incompleta... pede-se desculpa aos mais sensíveis!)...
A conversa prolongou-se um bocadinho e, não sei porquê, eis que disse: «O poeta tava inspirado... deve ter sido da garrafinha de Casal Garcia!»...
Esta frase, carregada de pouco simbolismo, mas em tom de confissão, fez-me ver a luz (e uma garrafinha de Porto que tava arrumada num canto escuro) e deu-me a brilhante ideia para uma posta e, como não poderia deixar de ser, o mote para a conversa com a Soya...
Por entre descrições de bezanas à antiga e de outras coisas mais, a queridíssima Soya lá lançou o desafio e, tendo em conta que na cabeça do poeta nada é normal, lá aceitei o desafio e, cá estou eu a escrevê-lo.

A história do vinho, bem como a sua invenção remonta aos anos dos dinausauros, uma época que ainda não era caracterizada pelas bezanas estudantis mas onde já se brindava com o tinto maduro.
Aliás, existem relatos recolhidos pelo nosso chibo através da profunda análise de rabiscos rupestres, onde aparecem meia-dúzia de homens de tenra idade à volta de uma mesa com uma bifa em cima, naquilo que parece se uma discoteca, a beber que nem canários. Mais, através de uma análise mais cuidada, pôde verificar-se que o vinho era um «Verde Tinto Quinta da Perdigota - Ano 45000 A.C.»...
Desde essa altura que este néctar das uvas é aperfeiçoado para que a bezana seja ainda maior...

Porém, até a esta área chega a contrafacção, e como todos sabem, a contrafacção da pinga chama-se «Vinho a Martelo»!
Quando, onde e quem são perguntas que muitos fazem ao poeta tentando como que saber quem poderá ter criado o vinho a martelo.
Pois o nosso chibo de serviço, conjuntamente com os confrades da Confraria dos Copos e juntamente com a Associação dos Amigos da Taina chegou a factos relevantes desconhecidos da maioria dos petizes que levam ao autor do vinho a martelo.
Esta bebida contrafeita foi criada no ano 1 D.C. (depois de Cristo SuperStar), numa boda em Canã por Jesus Cristo himself.
Quando todos já tinham bebido tudo o que havia nos canecos, Jesus pegou numa ou duas jarras de água e, eis que derrepente vinho se fez.
Era a viragem e a mudança da qualidade que abalava o mercado da pinga.

Porém, é no glorioso ano de mil sete e quarenta e dois que, Zezé Pinguetas, amigo da taina e da sandes de leitão, pega no dito vinho e lá começa a fazer misturas com álcool. A qualidade do vinho à pressão seria melhorada mas, ainda não conseguiria destronar a superior qualidade do tinto maduro.
Anos mais tarde, devido à peste e a alguns ataques de diarreia provocados pela constante ingestão de vinho a martelo, a ASAE lá tira o vinho de pacote do mercado e, conjuntamente com a Associação dos Amigos da Bezana e do Coma Alcoólico começam a promover o vinho puro da uva (vá lá... com meia dúzia de aditivos e soluções) a preços convidativos e six-packs.

Escusado será dizer que, não tardaram a surgir os derivados do vinho. Disso são caso as «Sopas de Cavalo Cansado», as «Malgas Quentes» e a tradicional «Bezanisse Açucarada».

Com a chegada do séc. XXI é claro que a malta nova deixou de se agarrar ao caneco do tinto e lá começou a enveredar pelos maus caminhos, começando a dedicar-se à bezana por acção de bebidas pra meninos e leitinho morno. Para isso, empresas como a Vodafonix, a Panadol e uma ou outra empresa mais ou menos conhecida lá lançaram packs especiais (por ex.: Vodafonix Bobadeiras).
Este pack traz um telemóvel com teclas em duplicado (pra que já tiver bem bebido e vir tudo a dobrar), um saquinho (pra virar o barco e não cagar nada nem ninguém à sua volta), um GPS com os melhores spots de tratamento (ex.: hospitais de desintoxicação) e uma pastilha prá ressaca.

Portanto meus caros, tendo o poeta investigado a origem do vinho queria aqui dizer uma coisa:
Fazei o amor bebendo um ou dois copinhos... tudo com juízinho! Haja alegria e vinho afastado da pia!

Atenção:
Durante a elaboração desta posta de pescada nenhum copinho de vinho foi ingerido pelo autor... antes pode dizer-se que sim, agora durante, não! Trabalho é trabalho! Vinho é vinho!
Outra atenção:
Qualquer semelhança com a realidade é, no fim das contas, muito trabalho da imaginação mirabolante do poeta, derivada do funcionamento à base da Casal Garcia!

Poeta Acácio (Poeta do Desassossego Desassossegado)

TENHO DITO