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segunda-feira, setembro 03, 2007

Diário da viajem – Zé Pincel tem encontro de 2º grau e meio de com GPS TomTom maluco e marsupiais ou a merda que o valha em fúria!



A rica porra que se me avizinha na cabeça é falar à catraiada acerca das minhas lindas férias em terras de «francious», que é como quem diz, em terras francesas…
Pois bem, para quem não sabe, ou quiçá, não me conhece, seja qual for a viajem em que o Poeta Acácio esteja presente, acontece sempre qualquer cena com piada.
Pois desta vez, não fosse o GPS ser um ganda maluco, a viajem podia ter sido menos atribulada… Pois é, a merda do TomTom levou-nos por becos e mais becos e sempre a dizer em tom irritante «a 500 metros faça a curva apertada à direita. Depois vire à esquerda!».
Mas que porra é que esta gaja tem enfiada na bateria… quer dizer, primeiro manda-me virar à direita a 500 metros e depois baralha um tipo mandando, ou melhor, ORDENANDO que a pessoa que vai a agarrar a rosca não só vire à direita, mas que vire à esquerda… Quem, meus amigos, quem é que irá perceber esta porra?
O mais lixado (para não dizer outra palavra com um f) é que quando um gajo se engana a tipa em tom ameaçador diz uma cena do género: «volte atrás assim que for possível».
Ora eu pergunto: dizer uma merda destas em plena auto-pista (ou auto-merda, ou seja lá o que for o que os espanhóis dizem), com um separador em ferro a delimitar as duas vias, tentar fazer inversão de marcha é um bocadinho difícil, senão impossível!
Aquilo que se me avizinha é que a única solução possível será inverter o sentido de marcha e fazer 40 ou 50 km em contra-mão!
Logo, pensando um bocado, chegámos à conclusão que muitos dos tipos que se aventuram em contra-mão pela A1, não o fazem de livre vontade mas sim porque foram incitados pela tipa que está dentro do GPS!
Aliás depois de toda esta merda, já encomendei uma t-shirt para utilizar quando fizer esta proeza com uns dizeres do género: «2h, 32m e 51s! Foi este o tempo que eu demorei a fazer Porto-Lisboa em contra-mão na A1».
Há outra cena, a porra do toiro preto nas encostas de Espanha.
Mas que porra!
Nós, aqui em Portugal, temos o Sandman (aquele tipo da capa preta que está na Régua), eles, para nos lixarem, puseram um toiro preto! Ele há coisas levadas da breca, hem?!
Há, depois, todo um misto de grafitis mal entramos em território basco. A quem pertencem? Aos miúdos da ETA…
Acreditem… um tipo, mal entra, por exemplo, numa casa de banho e se põe a ler as ricas inscrições começa, literalmente é claro, a borrar-se todo. Não, vocês não encontram merdas do tipo: “O Zé comeu, ainda à um bocadinho, a miúda do 3ª Dto.”, nem sequer “Toda a gente o faz… Vá tu consegues… CAGA!”.
De toda a viajem, o melhor foi chegar a uma pequena vila perto de Pamplona, chamada Medigorría, e constatar que eles levam as touradas mesmo a sério. Pois, quando lá chegámos, pude assistir a largada de bravos touros (quer dizer tourinhos mansos, visto que estes de touros nem os cornos tinham e os que tinham cornos, não davam nem sequer para fazer de porta-chaves) e os petizes espanhóis a correr desalmadamente à sua frente.
Até teve uma certa piada… ver aqueles putos todos a correr a frente do touro… qual marido que trai a fugir da sua furiosa esposa.
Bom, adiante…
Chegados a França, nada de mais aconteceu de muito relevante e que mereça a minha atenção… a não ser a rica merda que é o idioma. Qualquer estrangeiro que lá chegue, vê-se f***** para dizer o que quer que seja em francês, e, meus amigos, aconselho-vos a treinarem o vosso francês ou então, a aprofundarem os vossos conhecimentos em linguagem gestual, visto que, é esse o idioma mais falado, ou melhor, gesticulado neste país da treta.
Ah, e a palavra mais dita é «bonjour»!
Depois… depois temos a viajem de regresso.
Qual retornados, qual carapuça. Uma viagem de regresso tem sempre mais piada do que uma viajem de ida. Eu que o diga!
Nesta viagenzinha, à excepção do problema de afirmação do GPS, correu tudo muito bem… Quer dizer… ter encontrado uma pequena Área de Descanso em território espanhol, ali para os lados de Palência, que além de estar às moscas e completamente deserta, tinha ratinhos!
Sim, ratinhos! Haverá, meus amigos, cena mais nojenta e repugnante que esta?
Repare-se que esta Área de Descanso já foi explorada e gerida por portugueses. Nessa altura todo o espaço estava bem gerido e bem limpinho. Porém, depois da entrega do espaço aos espanhóis, poder-se-á dizer que houve um certo desinteresse ou falta de investimento.
Pois bem, depois de todo este belo relato, quero deixar aqui um conselho a todos os catraios que tenham lido esta porra até ao fim, e que estejam maravilhados com toda esta amálgama de emoções. Ora cá vai…
Petizes, antes de fazerem uma viajem daqui para o ca***** mais velho, pensem que Portugal tem cenas mais bonitas e que estão mais bem limpas e tratadas.

P.S.: Já agora, o Licor Beirão (Le licour du Portugal!), num Intermarché em França, estava caro como o car****! É favor pôr essa porra mais baratinha!

Poeta Acácio (O Poeta do Desassossego Desassossegado)

TENHO DITO

1 comentário:

D. disse...

é verdade, ao entrar no País Basco, entramos sem dúvida num outro país. já não é mais Espanha. mesmo as pessoas são diferentes, a língua é diferente, a letra é diferente, mas não senti nenhum medo especial quando lá estive. :) Pamplona é uma cidade deveras bizarra, mas agradável. é pena os touros.