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terça-feira, junho 15, 2010

Eis o sentimento que o Mundial me provoca…

… Uma imensa «comichão nos dentes»! É isso que me provoca!

Antes de mais um bem-haja à miudagem espalhada pelos quatro ou cinco cantos do mundo e arredores! Ora calculando que vocês, fies leitores do estaminé poético, estejam a achar estranha tal expressão, adianto-me no que «comichão nos dentes» stand for.

Ora bom, "comichão nos dentes" significa em bom português (e passo a escrevinhar):
Exaurido, aborrecido, chateado, fodi**, a dizer mal da vidinha, etc., e o que mais queiram sinonimizar (que beleza! O poeta está um culto do caraças!), dependendo da vossa fértil imaginação.

Transparece pois tal poesia não-zarolha (qual Camões ganzado e seus Lusíadas qual quê?!) o meu estado de alma nos últimos dias e que, ao que parece, se vai prolongar enquanto durar o Mundial da África do Sul.

Bem sei que há coisas por esse mundo fora que me deixam com um sentimento – ainda que ligeirinho – muito semelhante.

A exemplo disso a última entrevista à revista dos conhecidos Novas Fronhas do Conde Jê Nê Sê Qua (ou coisa semelhante num francês bem escrevinhado) Castelo Branco a dizer o seguinte em letras garrafais, passo a citar: «Não sou um homossexual praticante» (ou coisa do género).

Deixo ao cuidado de cada um tirar as elações acerca disto, mas partam sempre da ideia de que este Conde da banheira é gay pás ocasiões e não a tempo inteiro como muita gente pensa. Aliás o poeta julga que isto poderá ser o início de uma nova polémica com a Igreja... uma questão a ser abordada um dia destes.

Adiante!

Ia eu a dizer que nos últimos dias ando chateado. Pois bem:

Imagine-se pois que o Poeta, numa bela tarde de Verão, está sentado junto ao jardim de sua vivenda, vendo de soslaio as moçoilas que passam na rua (apenas por acaso é claro...) com seus trajes veraneantes e eis que, uma besta… bom… se calhar chamar besta é demasiado agressivo. Reformulo então: EIS QUE UM JAVARDO, com sua gaita - ou vuvuzela (BUBUZELA como dizemos aqui no norte) - enfiada nos beiços, começa que a praticar todo um conjunto de vocalizações tipo alce na época da prática do amor desenfreado.

A mim a falta de sexo destes javardos e a sua opção por acasalar com uma alce não me interessam. Interessa-me sim que, quando eu estiver num momento de descontracção (bem conhecido por momento ZEN) não passe um cara*** com a gaita na boca a fazer barulho… E FO**-SE! Ma fo** o momento mais importante do dia... a altura em que a gente tá em stand by!

Na minha modesta opinião se estes javardos querem imitar o som de um alce porque não enfiam um megafone no real peidâncio e largam um daqueles bem puxadinhos ao estômago como se não houvesse amanhã? Posso assegurar-lhes que o som - embora mais grave - seria muito semelhante e que só se tinham de preocupar com o cheiro! Ah… e em não acender nenhum fósforo.

Há depois uma coisa que ainda me aborrece mais que é ver um jogo na TV (isto sem contar anúncios da GALP e da TVI a publicitar a gaita) e ouvir o mesmo barulho repetidamente: BUUUUUUUÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓ!

Se esta gente quer soprar numa coisa de modo a fazer uma algazarra dos diabos porque é que não o faz com uma gaita-de-beiços ao invés de um funil? Sempre podia ser que saísse uma repenicadela de Quim Barreiros ou de Tone Carreira em versão esganiçada...

É que meus amigos - não criticando quem tenha arrotado a módica quantia de 1€ para a aquisição do irritante objecto e já tenha tentado fazer o gesto instruído pela Tia Cinhá – chateia ouvir um som daqueles todos os santos dias!

Se inicialmente, por causa do som de peido-bomba que a vuvuzela fazia, um gajo até achava piada e dizia: «Não fui eu, foi ele!» agora o que apetece é agredir selvaticamente com uma moca de Rio Maior todo e qualquer Gervásio que se faça acompanhar de uma vuvuzela. Mesmo que não lhe chegue a soprar.

E sejamos sinceros... não vos apetece agredir à base da mocada e colher de pau quando ouvem um tipo tocar uma vuvuzela? Pronto... se calhar tou a ser muito violento... Se calhar passar-lhe a mão pelo pêlo de forma a deixar uma mensagem do género: «Pronto! Já sopraste na gaita... agora enfia a gaita no esfíncter e cala-te!»

Portanto meus caros petizes, sigam o conselho do Poeta e deixem de “vuvuzelar”! O ambiente e os tímpanos agradecem.

Por si, pelos seus! Por nós! Pare de “vuvuzelar”!

Um conselho da MERDAV

(Movimento Esqueçam o Raio DA Vuvuzela)

P.S. O poeta não está irritado… até porque é um gajo calminho, mas convenhamos, o raio do funil já começa a chatear. Aliás eu acho que muito bom leitor deste modesto estaminé deseja ardentemente o fim deste martírio.

Ah! Já me esquecia... cá vai o apoio do Poeta à Selecção Portuguesa, com o desejo sincero de que os aviem com quatro ou cinco cavacas!

Poeta Acácio (Poeta do Desassossego Desassossegado)

TENHO DITO

7 comentários:

Tigremia disse...

Estou contigo! Abaixo a "bubuzela"!

Pedro Correia ou Poeta Acácio disse...

não é por nada mas akilo chateia mesmo!.... xD

Beijos

violent.femme disse...

o Poeta está de volta! cá faltava o seu sentido de humor, sim!

mas desta vez vou ter que discordar em parte, caro Poeta!
Embora seja coisa certa e verdadeira que o rraio da Vuvuzela irrita p'ra caraças, e me obriga/va a ver a bola (sim, bem sei que sou menina) em "mute", também é axiomático que estar um moçoilo ou uma moçoila tranquilos da sua vida, no seu tal momento ZEN, e ir por trás (salvo seja) e soprar-lhe a vuvuzela às orelhas, tem piada x)

Apesar de tudo isso, creio que me irrita mais do que me faz feliz...

Moyle disse...

nestes tempos de incentivo à ecologia, nada como experienciarmos nos ouvidos a época de acasalamento dos elefantes. há que ter paciência e aguentar...

Pedro Correia ou Poeta Acácio disse...

por acaso tem piada soprar com a dita gaita aos ouvidos de alguém... loooool

beijos poéticos

TENHO DITO

Pedro Correia ou Poeta Acácio disse...

paciência é coisa que um gajo perde quando ouve estes paquidermes a vocalizar... xD

um grande abraço

TENHO DITO

Anónimo disse...

Hello. And Bye.