
Achei engraçado o facto de uma das comentadoras ter dito - e passo a citar: «Um pinipon??? Os pinipons eram lindos!!! Esta estátua, (na) minha opinião, é feia que dói.». Realmente, a estátua é feia que dói, mas daí a dizer que os Pinipons são lindos vai uma grande distância.
Mas, eis que a nossa Soya desafia o Poeta e diz: «Desafio-te, Poeta Acácio, a fazeres uma entrada no teu blog sobre esses bonequinhos!:p»
Eu em primeira instância ia falar do :p que ela colocou no seu comentário. Porém, sentindo-me desafiado, lá decidi fazer uso da minha massa cinzenta que, nos últimos dias anda com falta de inspiração. Talvez porque o stock de Casal Garcia tenha acabado. Quem sabe...
Pois bem, quem - pergunto eu - não conhece estes bonequinhos e a porra de música que os acompanha? Toda a gente!
Todos sabem cantarolar aquela música: «Pon, Pon, Pon, Pinipon! Que divertido! A quinta Pinipon-o-on! Ovelhinhas bebés! Águinha para as vacas! TODOS A BEBER! Na quinta de Pinipon... isto é qu'é bom! De Pinipon!». O que ninguém sabe é como é que surgiu esta bonecada.
Até à bem pouco tempo, toda a verdade acerca dos Pinipon era Confidencial mas, graças à capacidade de investigação do nosso Chibo de Serviço, todo esse emaranhado de segredos foi desvendado.
Preparem-se para a revelação do ano!
Eis como tudo aconteceu...
É num belo dia de Julho do ano da graça de mil nove e sessenta e dois, depois de uma tarde bem passada a fumar charutos cubanos e a ver as miúdas em fato-de-banho que, Albano Pini e Megusta Pon, dois espanhóis na idade da reforma, decidem enveredar pelo maravilhoso mundo da estupidez.
Diz Albano: «- Mira! Megusta, estoi aquié a pensiar quie podiyamos juntiyarmo-nos paria abriyermos um negiócio juntiyos. Quie te pariece faziermos negióciyo como los Dolce & Gabana?»
Ao que diz Megusta: «- Albano! Tu estaiyes louco?! Yo soi muito macho! Essies diois syão umas bichyonas dio camandro! Yo soi un puro macho latino!»
«- Pero, teriyamos bifias em trajes meniores (oi miesmio sien rioupia), die mamiocas a saltitiar a nuestra frientie!... Tu não quieres isso? No te gusta?»
«- Oh si! Megusta mucho! Pero, tioda a gientie nos vai chamiar bichyonas!»
«- Tienes raziõm! Tienho quie pensiar miais un piouco!»
Albano, pensou bastante até que, depois de fumar duas ou três ganzas de baixa qualidade sugere:
«- Io! Megusta, piorque non abrirye umia fiábrica de fazier boniecada?»
«Boniecada? Andiastie a apianhyar miutio siol na cabieçia! Die quie mie servye iuma fiábrica die fazier bionecada?»
«Mira! Pero piodiyamos abrier a fiábrica e piôr lá giajyas bioas en trajes meniores yo miesmio sien rioupia, ya fiazyer yo a «yempaciotar» os bionyecos! Yo «yempacotamos» as yempregadas!» - Albano diz isto fazendo um sorriso maroto, como quem diz: «Quero lá saber de empacotar os bonecos... a gente depois viró pacote das empregadas!»
Megusta, depois de muito ponderar a ideia, aceita a estupidez e a coisa marcha. Porém a idieia do nome ainda foi atribulada...
O primeiro nome a surgir foi «Megusta Pini, A.R. LDA» porém, devido a a trocadilhos manhosos feitos pelas crianças a empresa é forçada a mudar de nome.
É no ano de mil nove e sessenta e sete que, empresa e bonecos deixam de se chamar «Megusta Piniar» (como carinhosamente eram denominados pelos petizes) para chamarem «Pinipon».
Poeta Acácio (Poeta do Desassossego Desassossegado)
TENHO DITO